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Tirando a fralda

Meu Deus!!! Quando a gente tem filho, sabe que vai ser difícil e enfrentar muitas coisas diferentes. Mas as trapalhadas, as limpezas, para isso a gente não se prepara.
Então... eis que comecei o processo "tira fraldas" da Alice. Em janeiro, quando ela estava com 1 ano e 9 meses e já ficava alguns períodos sem fralda, resolvi que ela só usaria fraldas para dormir.
É engraçado como temos dúvidas e medos de coisas simples e bobas. A minha preocupação era: como faço para andar de carro? E se eu for passear? E se ela fizer xixi no chão em uma festinha ou no shopping? 
Agora dá até para rir. Mas essas perguntas simples me deixaram muito insegura. E aí... vamos nós fazer tuuudo sem a fralda.
Ouvi minha cunhada: "é um mês de dificuldade. Depois acabou. Você vai ver". Contei os dias deste mês como se fossem para chegar o grande dia. E aí? Nada! Continuou xixi pra casa toda, dezenas de calcinhas para lavar todo dia.
E nesse meio tempo, veio o retorno para a escola. Eu não podia voltar atrás. Afinal, ela já entendia o que era ficar sem fralda e achava isso ótimo. 
As primeiras semanas da escola foram as piores. Ela regrediu e eu senti uma imensa falta de apoio da professora. Até que mudaram e... como melhorou!
Hoje, quase dois meses depois do início do desfralde... a Alice já pede para fazer xixi e escapa no máximo 1 por dia. 
Chega a ser até engraçado a rotina do "troninho"... acordar e tirar a fralda da noite, fazer xixi, começar o dia. Oferecer várias vezes e confiar no "não quero". Passar quase meia hora sentada lá pra ver se sai o "marronzinho" ou se vai ser só o "amarelinho". Ler livros, pregar adesivos no box para distrair, inventar histórinhas com os adesivos... fazer xixi no "troninho" virou um momento de diversão e ser mãe é se reinventar, ter paciência e criatividade para fazer dar certo nestes momentos também...
O que aprendi com tudo isso? São apenas inseguranças de mãe. Ela não vai fazer xixi o tempo todo e em todo lugar. Aos poucos e com paciência, ela vai aprender a pedir e também a controlar a vontade. É possível sair de casa neste período de transição sem tanto sofrimento ou constrangimento. E embora dê muitas calcinhas para lavar e xixis para limpar, no final, acaba sendo muito divertido ensinar e ver o resultado, descobrir que somos capazes de ensinar e dar boas lições. 
Agora, a segunda etapa: o cocô...

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